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Construção civil no RS: reversão do cenário recessivo?

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Pesquisadores falam sobre os temas da Carta de Conjuntura de outubro
Pesquisadores falam sobre os temas da Carta de Conjuntura de outubro - Foto: FEE Divulgação

No segundo trimestre de 2016, o setor de construção civil interrompeu uma sequência de oito trimestres consecutivos de queda. As perspectivas para o setor são o destaque da capa da Carta de Conjuntura FEE de outubro, divulgada nesta terça-feira (11) pelos pesquisadores da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Jefferson Colombo e Fernando Cruz.

“O prognóstico para o desempenho do setor da construção civil no RS nos próximos meses sugere que a intensa e duradoura recessão que atingiu o setor está próxima do fim, mas que o aquecimento do setor será gradual”, sinaliza Colombo.

Com base em uma abordagem de indicadores antecedentes setoriais – isto é, indicadores que tendem a se movimentar previamente à atividade do setor ao longo do ciclo econômico - os pesquisadores da FEE analisaram três grupos de indicadores: a) sensíveis a expectativas; b) causadores primários; e c) estágios iniciais da produção.   

 “Considerando o primeiro grupo de indicadores, as perspectivas do setor da construção civil no RS são favoráveis. Empresários do setor, corretores de imóveis e os consumidores estão mais confiantes, embora esses ainda estejam pouco otimistas”, pondera Cruz.

Com relação aos causadores primários, os pesquisadores destacam que “há alguma melhora a partir de dezembro de 2015, especialmente a redução da taxa de juros pré-fixada (swap DI-pré 360 dias). No entanto, as concessões de crédito para o setor da construção no RS apenas pararam de cair, sem ainda reverter a tendência. Esta estabilização do saldo de crédito atinge tanto construção, ampliação e reformas quanto a aquisição de imóveis”.

Por fim, diferente dos anteriores, as variáveis de estágios iniciais de produção ainda não apresentam sinais consistentes de recuperação. O nível de emprego formal em estágios iniciais da produção caiu -3,3% no acumulado do ano até agosto, segue em queda o número de unidades lançadas em Porto Alegre e as vendas de imóveis registram apenas uma leve recuperação.

 

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Texto: Anelise Rublescki/FEE

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