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Governo anuncia R$ 150 milhões em recursos extraordinários para prestadores do IPE Saúde

De outubro a dezembro, instituição pagará R$ 674 milhões ao setor de saúde do Rio Grande do Sul

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Com recurso extra, prazo de pagamento será reduzido para 60 dias, em vez de 90 ou 120 dias, informou Leite
Com recurso extra, prazo de pagamento será reduzido para 60 dias, em vez de 90 ou 120 dias, informou Leite - Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta terça-feira (27/10), um aporte extraordinário de R$ 150 milhões para os prestadores do IPE Saúde (hospitais, clínicas e demais serviços credenciados para atendimento dos segurados).

Em 2019, o IPE Saúde manteve média de pagamentos mensais de R$ 172 milhões. Contudo, dado o emprego de uma série de medidas de gestão na autarquia, a Secretaria da Fazenda ajustou o orçamento para 2020: foram ampliadas em R$ 13 milhões as cotas mensais, apontando para valor médio de R$ 185 milhões.

O desempenho financeiro do órgão, contudo, superou as projeções em virtude do êxito nas ações praticadas pelo instituto, como a revisão atuarial nos contratos de assistência, cobranças de dívidas que os demais poderes e entidades mantinham com a autarquia, além da adoção de mecanismos de controles e auditoria que estão contribuindo na qualidade do gasto.

A gestão atual herdou dívida de R$ 1,1 bilhão na área da saúde, referente a valores empenhados e não empenhados com municípios e hospitais. O Estado vem trabalhando para quitar essas dívidas e, desde janeiro de 2019, não atrasou nenhum repasse das competências estaduais que devem ser repassadas mensalmente a hospitais e municípios.

“Agora, estamos anunciando o descontingenciamento, para os próximos três meses, de R$ 150 milhões do orçamento do IPE Saúde. Com esse valor, a instituição poderá fazer pagamentos extraordinários a prestadores de serviço, muitos que enfrentam dificuldades agravadas pela pandemia, e também reduzirá o prazo de pagamento para 60 dias, em vez dos 90 ou 120 dias que estavam sendo necessários", detalhou o governador Eduardo Leite.

Outro aspecto relevante foi o pagamento de uma das quatro parcelas patronais que o Executivo mantinha em atraso de gestões anteriores, o que significou injeção de receita de R$ 49 milhões. Com este cenário, até o final do ano, os pagamentos ao setor de saúde chegarão a R$ 2,57 bilhões, ao passo que no exercício anterior foram de R$ 2,32 bilhões – aumento de 10,8%.

O aporte extra de R$ 150 milhões será acrescido nas cotas regulares de outubro, novembro e dezembro, totalizando R$ 674 milhões até o final do exercício. “Gerir uma instituição que cuida de mais de 1 milhão de vidas, por si só, já é uma missão complexa. Porém, diante do cenário de crise encontrado, os desafios se mostram ainda maiores. Há muito ainda a ser feito, mas estamos cada vez mais próximos de chegar a um ponto de equilíbrio no sistema. Cada passo é dado com muito esforço, cuidado e responsabilidade”, destaca o presidente do IPE Saúde, Marcus Vinícius de Almeida.

Esta é a segunda vez, em 2020, que a autarquia reforça os pagamentos aos prestadores. A primeira ocorreu nos meses de março e abril, quando houve um aporte de R$ 95 milhões aos hospitais em virtude do início da pandemia de coronavírus no Estado.

Os secretários Otomar Vivian (Casa Civil) e Claudio Gastal (Planejamento, Governança e Gestão), além de Bruno Jatene (subsecretário do Tesouro Estadual), participaram do anúncio.

Dívidas da Saúde

A gestão atual herdou dívida de R$ 1,1 bilhão na área da Saúde, referente ao período de 2014 a 2018. Desse total, R$ 488 milhões estavam empenhados e não quitados. O valor inclui dívidas com hospitais, municípios e fornecedores de medicamentos.

Em setembro de 2020, o Estado quitou dívida de R$ 216 milhões (valor empenhado) com os municípios. Os valores não empenhados, que somam R$ 480 milhões, estão sendo compensados por meio de projeto que prevê a dação de imóveis de propriedade do Estado.

Para acertar a dívida com hospitais, o governo do Estado firmou uma linha de crédito com o Banrisul, o Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados, Sem Fins Lucrativos e Hospitais Públicos (Funafir). O valor de R$ 260 milhões foi repassado às santas casas e hospitais filantrópicos, e o Estado ficou responsável pelo pagamento dos juros referentes à linha de crédito.

Texto: Raquel Schneider/Ascom IPE Saúde e Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

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