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Projeto Futuro RS planeja agenda de desenvolvimento estadual

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Lançamento do projeto Futuro RS
Lançamento do projeto Futuro RS - Foto: Gregory Alvanoz/Ascom-Seplan

Debater com a sociedade e apresentar uma agenda de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul para 2040. Esta é a finalidade do Futuro RS, projeto da Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional (Seplan), lançado na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Ministério Público. 

O debate quer encontrar soluções para temas estratégicos, definidos a partir de diagnósticos levantados em projetos anteriores, como o Rumos 2015 e a Agenda 2030. São eles: o envelhecimento da população gaúcha e as consequências para as políticas públicas de educação e saúde; o aumento da produtividade agropecuária; os gargalos de infraestrutura; a dinamização da indústria de transformação; o desenvolvimento regional e equilíbrio territorial; o futuro das cidades e a sustentabilidade; o uso de tecnologias na segurança; e as finanças públicas. 

O governador em exercício José Paulo Cairoli afirmou que o objetivo Futuro RS é materializar o debate iniciado por especialistas para a construção de uma base factível. "Entra governo e sai governo e o que se faz vira estudo de prateleira. Nossa proposta é que o governo seja o agente e que a sociedade assuma para si a construção de um projeto de Estado". 

Cairoli disse ainda que o governo não pode abrir mão de pensar sobre as coisas que serão importantes no futuro. "Porém, para ter sucesso nesta missão, é preciso fazer escolhas sobre o que realmente é imprescindível. Tudo que será proposto precisa ser trabalhado e ter continuidade. Por isso, a participação, a opinião e o conhecimento de cada um são fundamentais".   

O secretário do Planejamento, José Reovaldo Oltramari, afirmou que os resultados consolidados do Futuro RS se somarão aos Planos Estratégicos, que estão sendo elaborados pelos Coredes. "Pretendemos construir oportunidades para temas estratégicos e para o desenvolvimento do Estado. Devemos tentar superar os entraves que fizeram o Rio Grande do Sul não avançar e criar condições para realizar as mudanças". 

Oficinas

Os resultados do Futuro RS devem ser conhecidos em meados de 2017. Nos próximos meses ocorrem oito oficinas com participação de pesquisadores e servidores convidados. Dos encontros, marcados para começar em novembro, serão elaborados Cadernos de Futuro, com propostas que devem ser validadas no governo e debatidas com a sociedade. 

No seminário de lançamento do projeto foi divulgado o primeiro caderno da série com dados analíticos da realidade do Rio Grande do Sul referentes aos temas estratégicos e a revisão das propostas apresentadas nos planos elaborados nos últimos 30 anos. 

Reforma da Previdência 

O economista Paulo Tafner palestrou sobre as 'Mudanças no perfil demográfico e desafios para as políticas no Brasil e no Rio Grande do Sul', no lançamento do Futuro RS. O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende urgência na Reforma da Previdência. 'Hoje as despesas previdenciárias representam 11,4% do PIB brasileiro. Se nada for feito, em 20 anos, esta fatia saltará para 20%', afirmou o especialista em previdência e um dos autores da obra 'Reforma da Previdência - a visita da velha senhora', lançado em 2015. 

Para Tafner, a solução passa por estabelecer uma idade mínima para aposentadoria. "Adiar as aposentadorias faz com que os governos adiem o pagamento da dívida certa, contratada, e reduz o valor a pagar com o aumento das parcelas de contribuição". Tafner defende ainda a desindexação de aposentadorias e pensões do salário mínimo e aumento da alíquota de contribuição.

Texto: Mirella Poyastro/Secom e Letícia Costa/Ascom-Seplan

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