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Palestra aborda a valorização da saúde dos servidores e formas de combate ao estresse de trabalho

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A doutora em saúde,Cláudia,aconselha a estratégia coletiva para mudar as relações de trabalho e transformar o sofrimento em bo - Foto: Orlando Moraes - Ascom/Smarh

Com o objetivo de buscar a valorização da saúde física e mental dos servidores estaduais, com reflexos na qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos, o Departamento de Perícia Médica e Saúde do Trabalhador (Dmest), da Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh), promoveu, na manhã desta quinta-feira (28), a palestra "Saúde e Adoecimento no Trabalho". A doutora em Saúde do Trabalho, psicóloga Cláudia de Negreiros Magnus, falou para um público formado por servidores da Smarh que lotou o Auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari, em PortoAlegre.  

Como enfrentar o estresse no ambiente organizacional e quais políticas podem ser adotadas para reduzir o impacto que provoca na saúde física e mental do trabalhador, foram alguns dos tópicos abordados por Cláudia, que também é servidora da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e integrante do corpo executivo do Programa de Valorização e Atenção à Saúde Física e Mental dos Servidores (Proser). Cláudia, que atua na Saúde do Servidor do Hospital Psiquiátrico São Pedro, observou que o trabalho entre os diversos autores tem a definição de que é sofrimento ou de que o trabalho enlouquece. Porém, ao resgatar texto do cartunista Henfil "A mágia que só os homens sabem fazer", sintetizou que o trabalho pode ser libertador. 

A palestrante listou aspectos específicos do setor público, no tocante às condições de trabalho que afetam a saúde física do servidor, a exemplo do  sucateamento, falta de servidores, longa permanência e atravessamentos políticos. Destacou, por sua vez, que  a organização do trabalho é responsável pelo desgaste psíquico e emocional do servidor que sofre assédio ou qualquer forma de violência. Esses eventos têm efeito nocivo e geram um processo de sofrimento e adoecimento físico e mental, alertou Cláudia. "Quando as tarefas não fazem mais sentido, não têm significado, estão gerando isolamento e desmotivação, a estratégia, em nível individual, é lançar mão de férias ou licença", disse ela. Entretando, aconselha que o mais eficaz é recorrer à estratégia coletiva para mudar as relações de trabalho e transformar o sofrimento em boa saúde física e psiquíca.  

Richard David Ebert, servidor do Dmest e membro do corpo executivo do Proser, ressaltou que o grande objetivo do Proser é alinhar as ações desenvolvidas em benefício da saúde do servidor público, entre as políticas de Estado. "Entendemos que quanto maior a preocupação com a saúde do servidor, com a implementação de ações preventivas, menor será o adoecimento", disse ele. O profissional destacou que esta é a segunda palestra de uma série de oito programadas para ocorrer ainda este ano pelo Proser, que está vinculado à Divisão de Saúde do Trabalhador (Disat), do Dmest, órgão oficial de perícia médica do governo do Estado, pertencente à estrutura da Smarh. Suas competências compreendem avaliações médico-periciais, verificação das condições laborativas dos servidores, realização de vistorias das atividades e operações insalubres e perigosas e emissão de laudos e pareceres. Também atua na promoção e prevenção da saúde do servidor, por meio do Proser, instituído pelos Decretos Estaduais 48.898/2012 e 50.382/2013.

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