Em vez do "sim" no altar de uma igreja ou cartório, a cerimônia de casamento aconteceu nas dependências do Presídio Estadual de Alegrete, na Fronteira Oeste, na presença de um juíz de paz e representante do cartório de registro civil.

A união reuniu três casais, sendo que cinco dos participantes são apenados e apenadas do regime fechado da penitenciária. Conforme Q.A., 31 anos, o amor surgiu no horário do banho de sol, no patio do presídio. "Nosso relacionamento ficou tão sério que decidimos consolidá-lo no papel e, depois, em liberdade, pretendemos formar uma família", disse a emocionada noiva.

O empenho para a realização da festa e a busca da documentação necessária para a efetivação da união dos apenados ficou a cargo do defensor público Rafael Pinheiro Machado, que se esforçou, juntamente com servidores do presídio, para conseguir materiais de decoração e doações de bolos, salgados e refrigerantes, como manda o cerimonial de uma festa de casamento.

De acordo com a direção do Presídio Estadual de Alegrete, a interação com as autoridades responsavéis pelo cumprimento da pena promove estímulos positivos para inserção social, bem como propicia uma melhor qualidade de vida no cárcere, elevando a importância dos laços familiares e afetivos.

Texto: Neiva Motta
Foto: Divulgação Susepe
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