Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Apers) concentra uma riqueza que vai além do acervo documental que conta grande parte da história dos gaúchos. É o caso do próprio conjunto arquitetônico que abriga a instituição. Em estilo neoclássico, a construção do espaço representou, no início do século passado, uma inovação tecnológica para um prédio destinado a reunir e preservar documentos. Uma exposição para contar esta história e os diferentes usos que os prédios tiveram ao longo do tempo será o ponto forte da programação alusiva aos 113 anos que o Arquivo Público comemora em março.

As atividades que o Apers organizou para a tarde da próxima terça-feira (12) – veja a programação no fim deste texto – levam o título de “História, Arquitetura e Arquivo”. Além da mostra que terá documentos históricos e fotos, a programação contempla uma mesa-redonda que irá explorar justamente a riqueza da arquitetura dos prédios da rua Riachuelo, no Centro Histórico da capital. As comemorações de aniversário do Arquivo, criado em 8 de março de 1906 por um decreto do então presidente do Estado Antônio Augusto Borges de Medeiros, incluem uma apresentação da Ospa e o lançamento do segundo módulo dos ex-diretores no site da instituição.

Para a diretora do Arquivo Público, Aerta Grazzioli Moscon, destacar esses aspectos da arquitetura do espaço é importante para valorizar o próprio acervo, com cerca de 21 milhões de documentos provenientes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e seus concessionados Tabelionatos e Registros Civis. Trata-se de um dos poucos arquivos da América Latina que contempla todas as características para a preservação documental desde seu projeto de construção.

O Arquivo Público é vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). A exposição vai contar a história dos prédios desde sua construção, suas ocupações (Colégios Júlio de Castilhos e Protásio Alves, Secretaria de Administração, Junta Comercial do RS, seu tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do RS (Iphae) até os dias atuais.