Estado inaugura sala de apoio à amamentação para servidoras no Centro Administrativo
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As servidoras do governo do Estado têm à disposição, a partir desta segunda-feira (30/8), uma sala de apoio à amamentação no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
Com a criação do espaço, localizado no térreo da ala norte do Caff, as servidoras e funcionárias terceirizadas que se encontram em fase de aleitamento materno depois do retorno da licença-maternidade terão uma sala exclusivamente destinada à retirada e estocagem do leite durante a jornada de trabalho. Elas poderão oferecer o leite à criança durante o expediente ou retirar para alimentá-la em um outro momento. O leite também pode até mesmo ser doado a um banco de leite humano (BLH).
A sala é resultado de uma iniciativa envolvendo servidores das secretarias de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) e da Saúde (SES). As poltronas de amamentação foram produzidas por apenados do Complexo Penitenciário de Canoas, e os objetos decorativos foram feitos por jovens que cumprem medidas socioeducativas na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).
“Esta ação parece pequena diante de tantas grandes ações do governo do Estado, mas tem muitos significados, porque evidencia o respeito que temos pelas nossas servidoras e pelas suas famílias. A iniciativa gerou engajamento de diversas secretarias, o que demonstra como a demanda era necessária, e ainda aproveitou outros projetos do Estado”, destacou o governador Eduardo Leite. “Será um espaço muito bem aproveitado pelos nossos gauchinhos e futuros gauchinhos que vierem daqui para frente.”
A jornalista Gisele Reginato, servidora da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e mãe de Vicente, 11 meses, tomou a iniciativa para a mobilização de servidores das diversas secretarias pela necessidade de ter um espaço em que fosse possível retirar e armazenar leite durante o horário de trabalho, o que deve ser feito em condições sanitárias adequadas.
“Muitas mulheres relatam que pararam de amamentar por não terem apoio dos locais de trabalho. Em um espaço tão simbólico como o Caff, essa é uma grande conquista para as mulheres, para a ciência e para o futuro”, afirmou Gisele.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, lembrou que amamentar vai muito além de nutrir, de alimentar. “Essa sala de amamentação dará condições para as mulheres amamentarem e terem um espaço para retirar o excesso de leite. Temos de pensar nas crianças”, disse.
Arita também lembrou que agosto é o mês destinado ao incentivo às ações de promoção, proteção e apoio à amamentação. “Amamentar é uma grande oportunidade de estimular os bebês para o pleno desenvolvimento”, reforçou.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde incentivam a amamentação por até dois anos ou mais, mas a média de aleitamento exclusivo no Brasil é de apenas 54 dias.
O ato de inauguração também contou com as presenças do superintendente da Susepe, José Giovani Rodrigues de Souza, e do secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal, entre outras autoridades.
O que são as Salas de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta?
São locais destinados à retirada e estocagem de leite durante a jornada de trabalho. O objetivo é atender mulheres que precisam esvaziar as mamas durante o expediente para oferecer o leite à criança em outro momento ou até mesmo para doar a um banco de leite humano (BLH).
A construção dessas salas de apoio à amamentação é uma opção da empresa pública ou privada. Não existe obrigatoriedade para manutenção dessas estruturas, por isso, após a implantação, é extremamente importante incentivar a utilização pelas mulheres que retornaram ao trabalho, mas ainda estão amamentando os bebês.
Quem pode utilizar a sala?
Mulheres que amamentam e que, para auxiliar na fisiologia da lactação, precisam esvaziar as mamas durante a jornada de trabalho. Essa ação também proporciona maior conforto à mulher lactante. Assim, essas salas de apoio se destinam exclusivamente a essa finalidade.
Qual a normativa utilizada para a sala de apoio?
RDC/Anvisa 171, de 4 de setembro de 2006, a mesma normativa que dispõe sobre o regulamento técnico para o funcionamento de bancos de leite humano.
Texto: Suzy Scarton e Neusa Jerusalém/Ascom SES
Edição: Secom